Dia do Senhor 18

LITURGIA

*Cântico de Entrada: Salmo 47

*Invocação: Salmo 90:1-17

*Saudação: ““… graça e paz a vós outros, da parte daquele que é, que era e que há de vir, da parte dos sete Espíritos que se acham diante do seu trono e da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra. Amém!” 

*Salmo 84:1-3

*Oração

*Leitura da lei: Deut 5:6 – perdão: Miquéias 7:18-20

*Salmo 4b

*Leitura: DS 18.

*Texto: Salmo 24; Atos 1.6-1.

*Hino 49

*Oração [buscar as coisas do alto, evangelização, agradecimento pelo Concílio, fortalecimento das igrejas e oficiais]

*Ofertas

*Cântico final: Salmo 84:4-6 

*Bênção final: “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós.” (2 Co)

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Amada igreja de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo,

No domingo passado, ouvimos uma pregação sobre a ressurreição de Cristo. E hoje, dando continuidade aos artigos do credo apostólico, ouviremos uma pregação sobre a ascensão de Jesus Cristo. 

Aprendemos que a ressurreição foi a primeira ação de Deus no processo de exaltar seu Filho. Com relação à vida de Cristo podemos pensá-la em dois estágios que ele passou: primeiro o período de sua humilhação, que vai desde quando ele se fez carne, até sua morte e sepultura. O segundo período, que é de sua exaltação, começa com a sua ressurreição até a sua segunda vinda com poder e glória.

Podemos pensar na imagem da letra “V” de nosso alfabeto, onde vem de cima para baixo (ou seja, da encarnação até a sepultura) e depois o caminho da subida, de baixo para cima (da ressurreição até os céus de onde Ele virá novamente). Então, a ascensão é o caminho de exaltação de nosso Senhor. Ela está entre a ressurreição e o assentar-se à direita de Deus Pai.

Geralmente, não só a doutrina da ascensão como o evento em si, tem sido esquecidos e negligenciados por muitos cristãos. Quem, antes de dormir já parou para meditar na ascensão de Cristo? Muitos param na morte ou quando muito ainda chegam na ressurreição, mas na ascensão… No Brasil, antigamente era um feriado cristão (por causa dos romanistas) e caía nas quintas-feiras.

Até para o comércio este evento não tem valor nem data. Qual o valor de Cristo subir aos céus para o mercado? Porém, a páscoa e o natal, tem sido lembrado meses antes, por causa dos consumos de chocolates ou presentes, roupas novas e árvores de natal. Talvez essa visão tenha entrado dentro de muitas igrejas e na vida de muitos cristãos, e por isso, muitas das vezes, nem nos lembramos mais que após os quarenta dias da ressurreição, Jesus levou seus discípulos para o monte das oliveiras perto de Betânia, e de lá foi elevado às alturas com suas mãos levantadas abençoando a sua igreja.

A ascensão é registrada em nossa bíblia por dois evangelistas (Lucas e Marcos), o próprio Jesus ensinou e falou a respeito dela, como também os apóstolos Paulo, Pedro e João. Na carta aos hebreus temos o ensino sobre o seu significado. Também, as diversas confissões de fé reformadas, tratam sobre este acontecimento.

Na leitura de hoje do catecismo, temos um importante ensino, que podemos usar para combater um ensino dos luteranos. Alguns deles, ensinavam que a natureza humana de Cristo foi privilegiada e mudada pela natureza divina tornando-se assim, onipresente. E assim, eles acreditavam na presença corporal de Cristo na ceia. Eles diziam que a natureza humana de Jesus, por ser onipresente, está espiritualmente no pão da ceia. Então, diante de tantas confusões no passado e também no presente é que precisamos aprender da palavra de Deus acerca desta doutrina tão importante para vida da igreja. Sendo assim, aprenderemos hoje que a subida de Cristo ao céu fez parte de sua exaltação. 

E observaremos três questões:

1. A confissão da igreja;

2. A explicação da igreja,

3. A benção para a igreja.

1. A confissão da igreja.

Amados irmãos, desde o início, a igreja de Cristo sempre creu e confessou esta verdade. E a principal base para tal confissão, não é porque a encontramos nos credos, confissões e nos catecismos reformados. Mas, é justamente porque encontramos na bíblia. Os símbolos de fé simplesmente reproduzem e ecoam o que diz a voz da Escritura. Então, preferimos ir direto e ouvirmos a voz da Escritura, sabendo que não podemos abandonar também os ensinos dos credos, confissões e do nosso catecismo. Então, o que diz a Escritura sobre a ascensão de Jesus Cristo?

Ela afirma em Mc. 16.19, que o Senhor Jesus, depois de ter falado aos seus discípulos foi recebido no céu; e em Lucas 24.50,51, lemos que Jesus levou seus discípulos para região da Betânia e erguendo as mãos os abençoou e aconteceu que, enquanto os abençoava, ia-se retirando deles, sendo elevado para o céu. Porém, talvez seja no segundo escrito de Lucas que é o livro de Atos dos apóstolos 1.9-11, que encontramos mais detalhes acerca deste ocorrido.

Leiamos:

Ditas estas palavras, foi Jesus elevado às alturas, à vista deles, e uma nuvem o encobriu dos seus olhos. E, estando eles com os olhos fitos no céu, enquanto Jesus subia, eis que dois varões vestidos de branco se puseram ao lado deles e lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir.

Olhando atentamente para este texto, podemos destacar três verdades importantes acerca da ascensão:

  1. Foi uma subida. Cristo estava em um local, neste caso em um monte e agora está sendo levado para outro lugar o céu, não este céu azul, mas o céu de Deus.
  2. Foi à vista deles… algo visível. Não foi uma visão/êxtase espiritual que alguns deles estavam tendo, mas foi algo captado pelo sentido normal da visão (olhos), todos que estavam naquele momento viram o corpo de Jesus se elevar. Então, ele…
  3. Foi corporalmente. Ou seja, Ele está saindo com sua natureza humana da terra para o céu com o mesmo corpo de antes. Ele não deixou, nem abandonou a sua natureza humana aqui, pois ele é Deus – homem para todo sempre. Seu corpo foi de forma gloriosa ao céu onde permanece até que chegue o dia do juízo. Ele não subiu como se fosse um fantasma.

Então, a igreja baseada na palavra de Deus, confessa no credo apostólico e niceno que Cristo “subiu ao céu”. E estas verdades, não podem ser esquecidas: Ele subiu, esta subida foi testemunhada pelos olhos de seus discípulos e ele subiu com o mesmo corpo que tinha ressuscitado e não como um fantasma. É isso que a verdadeira igreja crê e confessa.

Como então, devemos entender esse evento da subida de Cristo para o céu? Passemos ao segundo ponto:

2. A explicação da igreja.

Mais uma vez, é importante lembrarmos que esta doutrina, não foi a igreja quem criou ou inventou. Mas, a igreja confessa o que está na Santa Palavra de Deus, que é o nosso único guia em meio a tantas confusões levantadas por seitas e pelos inimigos do evangelho.

Não devemos olhar para a ida de Cristo para o céu como se Ele estivesse nos abandonando, ou nos deixando para trás. Nem devemos ficar tristes, como se fossemos criancinhas órfãs sem pai nem mãe. Não era como aquela pessoa que visita uma instituição carente, ajuda um pouco ali durante o dia e depois diz: “já fiz minha parte, agora é com vocês, estou indo embora, vocês que se virem.” 

Jesus possui duas naturezas, uma humana e uma divina. Não tem como entender a subida de Cristo para o céu se não conhecermos os ensinamentos da bíblia acerca das duas naturezas de Cristo. A natureza divina e a natureza humana que estavam em sua pessoa.

Ora, a natureza divina é ilimitada, eterna, está presente em toda parte, sabe de todas as coisas e tem todo poder. Já a natureza humana é limitada, não é eterna, nem está presente em toda parte, não sabe de todas as coisas e é fraca. Ela sentiu cansaço, fome, sede e tristezas. Na

ascensão, quem está subindo ao céu, é a pessoa de Cristo, mas é neste evento que a sua natureza humana está em evidência.

Então, a natureza humana não está mais na terra, e isso, ele disse a seus discípulos em seus ensinamentos. Vejamos, Mt. 26.11 “Porque os pobres, sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes”. E no evangelho de João ele falou: “Vim do Pai e entrei no mundo; todavia, deixo o mundo e vou para o Pai”. Também, em oração por seus discípulos de ontem e de hoje ele orou: “Já não estou no mundo, mas eles continuam no mundo, ao passo que eu vou para junto de ti. Pai santo, guarda-os em teu nome, que me deste, para que eles sejam um, assim como nós”.

Assim, a igreja crê e confessa publicamente que a natureza humana de Jesus não está mais entre nós. E isso, é um fato! Depois da ascensão de Cristo, ninguém mais podia vê-lo, tocá-lo, ou achá-lo de forma física em nenhum lugar deste planeta (ele mesmo disse que nos últimos dias muitos iriam aparecer em seu nome dizendo ser o Cristo, que Ele estava aqui ou ali; mas são enganadores, os discípulos não deveriam acreditar – Mt 24:23). 

E aí, surgiu na época da reforma protestante no século XVI, um grupo no meio dos luteranos acusando os reformados de fazer separação das duas naturezas. E essa discussão foi forte, especialmente quando eles foram tratar sobre a ceia do Senhor, o pão como “o corpo de Cristo”.

Então, como resposta aos questionamentos deles, as igrejas reformadas deram esta explicação que está na pergunta 48. Veja com atenção, o questionamento que eles faziam na época e a explicação que a igreja deu. 

P. 48 – Mas, se a natureza humana não está em todo lugar onde a natureza divina está, as duas naturezas de Cristo não são separadas uma da outra?

R. De maneira nenhuma, pois a Sua divindade é ilimitada e está presente em toda parte. Por isso, conclui-se que apesar da Sua natureza divina ultrapassar a natureza humana que ele assumiu, ela está dentro dessa natureza humana e a ela permanece unida como pessoa.

Viram? A resposta foi: de maneira nenhuma. Pois a natureza divina está dentro também da natureza humana e permanece unida a ela como pessoa.

Alguns luteranos trocaram as bolas. Eles diziam, que se a natureza humana não estivesse onde estava a natureza divina, então elas estariam separadas. Mas isso é um absurdo. Pois enquanto, Jesus se fez carne e habitou entre nós, a sua natureza humana também não estava no céu. Então estariam separadas as naturezas? Claro que não!

É importante mantermos a nossa fé, a bíblia nos ensina sobre a humanidade de Jesus e também nos ensina sobre a sua divindade, mas não podemos esquecer que Cristo era uma pessoa. E como pessoa, está nEle estas duas naturezas, a humana e a divina. Por isso, a resposta 48 explica: “…que a natureza divina está dentro da natureza humana e a ela permanece unida como pessoa.” Então, na pessoa Jesus Cristo tem duas naturezas. E para, entendermos um pouco mais sobre esta relação entre as duas naturezas, vamos para o evangelho de nosso Senhor segundo escreveu João.

Abra em João 3.13, e leia atentamente a conversa que Jesus está tendo com Nicodemos. Ele diz: “Ora, ninguém subiu ao céu, senão aquele que de lá desceu, a saber, o Filho do Homem que está no céu.” Você percebeu?

Jesus está dizendo a Nicodemos que ninguém subiu ao céu, a não ser o próprio Jesus que desceu de lá e ele estava falando com Nicodemos. Porém, no final do versículo diz que o Filho do homem está no céu. Pera aí… Como podia Jesus está na terra conversando e está presente no céu ao mesmo tempo? É a mesma resposta do catecismo, a pessoa de Cristo é onipresente, está presente em todo o lugar e isso é possível porque ele é Deus e a sua natureza divina é ilimitada e ultrapassa a humana. Então, mesmo estando na terra ele não deixou de ser o Deus onipresente. Ele preenche o céu e os céus dos céus, pois a sua natureza divina é ilimitada. Ele sempre foi onipresente estando na terra e continua também agora estando no céu. Também João 1.18 que diz: “Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou.” Ora, Jesus estava na terra quando João Batista deu este testemunho.

Agora, devido a ascensão, a sua natureza humana não está mais na terra e sim no céu. Porém, Ele continua presente com sua divindade, majestade, graça e Espírito. E porque sua natureza divina preenche todos os espaços, como então ela poderia estar separada da humana? Elas nem se misturam e nem se separam. Esta é a explicação da fé, que a igreja de Cristo manteve e mantém ao longo dos séculos. E aqueles que negarem tanto a divindade de Cristo como a sua humanidade, bem como a sua pessoa, não serão salvos!

Cristo está pelo seu Santo Espírito conosco até a consumação dos séculos. Disse o profeta Jeremias acerca da presença do Senhor:

Acaso, sou Deus apenas de perto, diz o SENHOR, e não também de longe? Ocultar-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não o veja? — diz o SENHOR; porventura, não encho eu os céus e a terra? — diz o SENHOR”.

E o profeta Isaías também disse:

O céu é o meu trono, e a terra, o estrado dos meus pés; que casa me edificareis, diz o Senhor, ou qual é o lugar do meu repouso?

Deus habita em todos os lugares, e Cristo é Deus e em momento algum Ele deixou de ser Deus. E isso, nos alegra porque ele cuida de sua igreja. João disse que ele tem nas mãos os pastores (a liderança) e que caminha entre sua igreja.

Nós podemos abrir a nossa boca e dizer: apesar de Jesus ter subido ao céu, ele nunca se ausentou de nós, Ele está conosco hoje aqui (“O Senhor é quem te guarda; o Senhor é a tua sombra à tua direita. – Salmos 121:5)! Por isso, podemos crer e explicar, que as duas naturezas de Cristo nunca se separaram até hoje, mas que estão unidas em sua pessoa para sempre. E isso, alguns luteranos não aceitaram e resolveram crer que de alguma forma a natureza humana de Jesus foi mudada e se tornou ilimitada e onipresente. E que a natureza divina quando assumiu a natureza humana ficou presa a ela. Mas lembremos do ensino de nosso catecismo que diz que a natureza divina não é limitada a nada.

Veja o que disseram os dois anjos: “e lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir.

Veja, “esse Jesus”, não outro, mas o mesmo. E também virá do mesmo modo. Não de outro modo. Ele subiu e uma nuvem o encobriu e na sua vinda ele virá sobre as nuvens com poder e grande glória (“Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol escurecerá,a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento, e os poderes dos céus serão abalados. Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória. E ele enviará os seus anjos, com grande clangor de trombeta, os quais reunirão os seus escolhidos, dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus. – Mateus 24:29-31 / “vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo-Poderoso e vindo sobre as nuvensdo céu.” – Mateus 26:64). 

E aí pensando podemos perguntar: Mas, que importância para nós como igreja, tem esta doutrina da ascensão? Será que somos beneficiados pelo fato de Cristo ter subido ao céu? Qual a relação deste fato histórico com minha vida/e eu com isso? Vejamos então o terceiro ponto.

3. A benção para a igreja.

Meus irmãos, fazia mais de um mês que Jesus ofereceu a sua vida em sacrifício pelos pecados de seu povo (Jesus havia desfeito a queda/cancelado o escrito de dívida que era contra nós). Os discípulos na época ficaram tristes e com medo de que ele não ressuscitasse. Porém, ao terceiro dia, ele foi ressuscitado com poder e grande glória e apareceu a vários de seus discípulos. Nestes 40 dias, Jesus passou dando explicações e ensinamentos acerca do significado de sua morte e sobre o Reino de Deus. Pois, o entendimento acerca do reino de Deus ainda era deficiente entre seus discípulos.

Então, ao consumar sua obra de redenção, ele não poderia ficar mais vivendo nesta terra amaldiçoada e caída. Ele é o Santo de Deus, ele nunca pecou, dolo algum se achou em sua boca. O sacrifício oferecido de uma vez por todas pelo nosso Sumo sacerdote ainda precisava ser aceito definitivamente. É como se precisasse receber o carimbo da aprovação divina. E a sua subida é a prova desta aceitação. Ele foi trasladado!

Observe bem, se depois de morrer e após três dias ter ressuscitado, Jesus continuasse vivendo a sua vida normalmente aqui, seria a prova de que a sua missão não foi perfeita, nem satisfatória para Deus. Se Cristo tivesse morrido, mas não ressuscitado a nossa fé e a nossa justificação não adiantaria de nada. E se Cristo não tivesse subido e assentado à direita de Deus, era a prova de que a purificação dos nossos pecados também fracassou. Mas Hb. 1.3, nos diz:

Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas,

Na ascensão de Cristo, temos a garantia de que seu sacrifício foi aceito e os nossos pecados foram e são perdoados. Por isso, que o catecismo diz que temos Ele no céu diante do Pai como o nosso Advogado. Meus irmãos, nosso Senhor Jesus está em um lugar muito mais excelente! 

“Ora, aqueles são feitos sacerdotes em maior número, porque são impedidos pela morte de continuar; este, no entanto, porque continua para sempre, tem o seu sacerdócio imutável. Por isso, também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.” Hebreus 7:23-25 

Não sei se já aconteceu com algum irmão aqui, mas muitas vezes ouvimos pedidos de oração, e nos comprometemos a orar. Daí passa a semana, você vê a pessoa e se lembra que esqueceu de orar pela causa, ou orou um ou outro dia… Não é assim com Jesus, ninguém nos ama mais do que nosso Mediador e Advogado Jesus Cristo. Ele está sempre ali, vivendo sempre para interceder por eles (sua igreja/eu e você). Enquanto você acorda, Ele intercede/ enquanto você come, Ele intercede/ enquanto você vai trabalhar, ele intercede/ enquanto você trabalha, lê a Bíblia, faz o culto doméstico, Ele intercede/ enquanto você está sozinho naquele hospital, Ele intercede/ enquanto você está prestes a tropeçar, Ele intercede/ enquanto você é provado, Ele intercede/ enquanto satanás está pedindo para te peneirar como o trigo, Ele intercede irmãos!!! E quem será ouvido antes dEle que tanto nos ama? Se aproxime de Deus/você pode clamar/não vai ter um horário que Ele estará ocupado demais/não vai ter um horário que Ele estará ausente/Ele está sempre ali/Ele pode salvar completamente! “A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração…Porquanto a Escritura diz: Todo aquele que nele crê não será confundido.” (Romanos 10:8,11)

No tabernáculo no antigo testamento, o sumo sacerdote após o sacrifício de si, ia e adentrava uma vez por ano o santíssimo lugar. Este santíssimo lugar, ficava atrás de um grosso véu que fazia a separação entre o lugar santo e o santo dos santos, lá estava a arca da aliança e dentro dela tinha as duas tábuas da lei, a vara de Arão e o vaso do maná. E se o sumo sacerdote entrasse em pecado ele seria morto e caso um outro sacerdote entrasse para socorrê-lo, também seria morto.

O coração do sumo sacerdote na antiga aliança se aproximava da presença de Deus com medo, era possuído de temor e tremor pela grandeza da Santidade de Deus. Os desenhos dos querubins ilustravam a grande Santidade de Deus. Quando ele retornava a alegria tomava conta de todos, pois Deus havia neste ano aceitado o sacrifício de expiação pelo pecado de seu povo.

Mas com Cristo foi totalmente diferente. Ele não tinha pecado, por isso, não precisou fazer um sacrifício por si mesmo. Ele não ofereceu um animal, mas ofereceu o seu próprio sangue em um único, perfeito e definitivo sacrifício. Ele rasgou o véu do templo e adentrou a Santíssima presença de Deus com um corpo humano, não no tabernáculo da terra. Mas no tabernáculo celestial. E nos abriu um novo e vivo caminho no qual podemos agora com coragem e sem medo entrar no Santo dos Santos por causa da carne e do sangue de Jesus e falarmos com nosso Pai.

Ele como representante nosso, está lá em carne e osso. E se Cristo pôde ser aceito como homem, então podemos ter nEle a garantia segura de que aonde Ele está, nós estaremos também. Sabemos disso não porque o catecismo que está dizendo, mas Jesus mesmo disse! 

Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também. (João 14:2,3)

Jesus não está brincando, se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Jesus prometeu, confie! Mesmo exaltado e glorificado, Ele não esqueceu de nós. Em cada uma das moradas que Ele foi preparar, podemos ver os nomes dos santos escritos com sangue de Jesus Cristo, como disse Spurgeon. Somos seu corpo, e a cabeça não vive dividida do corpo. Nosso cabeça (Cristo) nos levará para si mesmo como membros Seus. E a maior prova de que ele nos levará é que o Seu Espírito foi derramado em nosso coração como penhor, como selo, como garantia da nossa redenção final.

Por isso, podemos buscar as coisas que são de cima e não as que são da terra. 

“Portanto, façam morrer tudo o que pertence à natureza terrena: imoralidade sexual, impureza, paixões, maus desejos e a avareza, que é idolatria; por causa destas coisas é que vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência. Vocês também andaram nessas mesmas coisas, no passado, quando viviam nelas. Agora, porém, abandonem igualmente todas estas coisas: ira, indignação, maldade, blasfêmia, linguagem obscena no falar. Não mintam uns aos outros, uma vez que vocês se despiram da velha natureza com as suas práticas e se revestiram da nova natureza que se renova para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que a criou.” (Colossenses 3:5-10)

Na ascensão de Jesus Cristo aos céus você pode encontrar segurança e conforto apesar dos pecados e fraquezas que nos restam contra a vontade de Deus. 

Cristo despojou-se da coroa para coroar-nos, pôs de lado suas vestes reais para que ela cobrisse nossos farrapos. Desceu do céu para conservar-nos fora do inferno. Jejuou quarenta dias para poder banquetear conosco por toda a eternidade. Nasceu a fim de renascermos. Vive para revivermos. Foi amaldiçoado para que fôssemos abençoados. Desceu do céu à terra para poder enviar você da terra para o céu. Dele, por Ele e para Ele seja a glória eternamente. Amém.

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