Link: (1) A Verdadeira Beleza Está em Cristo | Provérbios 11.22 – YouTube
LITURGIA
*Cântico de Entrada: Salmo 72:1-5
*Invocação: Salmo 47
*Saudação: “Graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.” (Rm 1)
*Salmo 98
*Oração
*Leitura: Isaías 53:2-5
*Texto: Provérbios 11:22
*Hino 25
*Credo Niceno
*Oração (contra as seduções deste mundo, pela santificação de nossas vidas e dedicação à Deus)
*Ofertas
*Cântico final: Salmo 72:6-7
*Bênção final: “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós.” (2 Co)
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Amados irmãos,
A tecnologia tem influenciado a nossa vida de diferentes maneiras. E, infelizmente, uma grande parte dessa influência é negativa, de maneira que, como cristãos, precisamos pensar sobre os riscos dessa influência e pensar biblicamente sobre determinados tópicos relacionados à essa influência.
Por exemplo, nas redes sociais, nós encontramos uma mudança considerável. O que antes era um espaço para comunicação/contato com outras pessoas, agora está se tornando cada vez mais uma vitrine em que apresentamos a nossa vida.
Assim sendo, a rede social acaba se tornando o seguinte: ver e assistir o que alguém coloca, e colocar um conteúdo para que alguém veja e assista.
Então (não há nenhum problema em tirar uma foto e gravar um vídeo), mas como isso é feito com certa repetição, dentro de certo padrão requerido no contexto da rede social; isto nos conduz a um certo tipo de preocupação com a aparência.
A pessoa que publica uma foto ou grava um vídeo quer fazê-lo dentro de um padrão estipulado pela própria rede. Então, segue o padrão da publicação de outras pessoas. Deseja apresentar, na aparência, a melhor versão de si mesmo. E é por isso que existem os filtros (que escondem os defeitos), colocam maquiagem onde não há, e é por isso que a pessoa faz um recorte modificado da sua vida. Raramente alguém vai tirar uma foto da louça suja, nós tiramos foto de um livro novo que nós compramos. Mostrando, então, dessa forma, não a realidade, mas algo que é agradável aos olhos de quem está nos observando.
Dessa maneira, sutilmente, a tecnologia começa a moldar (lembrem-se de Romanos 12:2), moldar a nossa forma de pensar, por exemplo, sobre a beleza. Começamos a nos tornar mais preocupados com nossa aparência, e começamos a valorizar de uma maneira errada e obsessiva a aparência das outras pessoas. E isso nos leva a apresentar mentiras sobre as nossas vidas e a admirar e desejar as mentiras apresentadas pelas outras pessoas.
Qual é o resultado? É que surgem nesse borbulhar de influências: a inveja, falta de contentamento, a cobiça, a lascívia e muitos outros pecados. Pode levar também a ansiedade, depressão e outros problemas.
De maneira que essa influência da tecnologia, em relação a beleza, alcança aspectos da nossa vida, influenciando em questões que às vezes nem percebemos. Por exemplo: esse conceito de beleza e aparência pode influenciar na hora de comprar uma roupa/pensar os itens para maquiagem/de escolher uma pessoa para casar/na razão de publicar na rede/etc.
Portanto, apesar de provérbios 11:22 falar de uma bela mulher, esse texto efetivamente não é só para mulheres. A sabedoria de Deus apresentada neste pequeno versículo tem algo a ensinar a todos nós:
A Verdadeira Beleza Está em Cristo
Voltemos a atenção ao texto.
Em primeiro lugar, nós iremos observar alguns aspectos gerais deste provérbio. E, enquanto observamos esses aspectos, podemos continuar aprendendo um pouco sobre a poesia hebraica (o que pode ser útil para quando você for ler sua Bíblia em casa).
Como vocês podem observar, nós não temos aqui nesse provérbio um contraste entre as duas linhas do provérbio, como é possível observar em outros textos de provérbios. Aqui, simplesmente, duas ideias são colocadas lado a lado. A primeira ideia traz uma imagem/emblema que irá reverter numa questão moral. Essa imagem da primeira linha serve para ilustrar o que se diz na segunda linha.
Outro aspecto que devemos observar de maneira geral é pensar sobre o uso de imagens. Quando você pensa num porco com uma jóia no seu focinho, é uma imagem/traz alguma coisa. A poesia hebraica é rica em imagens (não é como nas nossas que são ricas em rimas). Portanto, se você quer entender o livro de salmos, provérbios e demais livros poéticos do AT, efetivamente você precisa aprender a observar as imagens.
Uma imagem compara duas coisas que são essencialmente diferentes. Quando você observa a imagem e pensa na comparação, normalmente há um choque. “Mas são coisas tão diferentes.” Essa diferença faz com que nós olhemos aquele assunto tratado sob uma nova perspectiva, pois somos obrigados a fazer uma pergunta quando a imagem aparece: “De que maneira X é igual a Y nessa linha poética?”
Nesse caso, no texto hebraico, são colocadas essas duas ideias diante de nós. No texto hebraico não temos esse “como“. Poderíamos traduzir o texto hebraico da seguinte forma: “Jóia de ouro em focinho de porco. Mulher formosa que não tem discrição.” (sem o “como“)
As nossas traduções colocam o “como” e o “assim” para destacar o objetivo poético dessas linhas que é justamente nos levar à comparação entre uma coisa e a outra.
Vamos observar a imagem da primeira linha (“Como jóia de ouro em focinho de porco“). Um porco – a palavra usada aqui pode se referir ao porco/javali. Mas é muito importante lembrar aqui que na cultura judaica, por causa da lei, o porco era considerado um animal imundo/impuro. Um judeu não criava porcos (quando você vê os gadarenos, isso é fora de Israel – estrangeiros). Para o judeu, o porco era não apenas imundo, mas já que não podia comer e fazer mais nada, era inútil. Na mente do judeu, pensar sobre o porco era pensar sobre um animal imundo/inútil/repugnante/causa nojo.
Então, quando pensamos sobre esse porco, também podemos pensar (talvez você for em alguma cidade do interior) você verá os porcos fuçando o lixo e só coisas podres. Você pode pensar em um animal metido no lixo, na lama, fedorento, mexendo em coisas imundas.
Mas eis aqui a surpresa da imagem. Esse porco tem um detalhe especial: uma joia de ouro no focinho. Então, isso cria uma imagem um pouco diferente. A joia mencionada aqui é um tipo de brinco para o nariz. Uma jóia usada pelas mulheres no oriente antigo, jóia cara, servia para intensificar a atratividade da mulher. Mas a jóia do focinho, não está na mulher, mas no porco.
A jóia no focinho de um porco é uma imagem ridícula, porque a jóia está no lugar errado. Há aqui uma certa dose de humor, porque a imagem trazida é ridícula. Um judeu que lesse o provérbio diria: “Rapaz, uma joia de ouro no focinho de porco? Um animal imundo/desprezível/repugnante! Tá de brincadeira…”
A ideia é que, mesmo com a belíssima jóia de ouro no nariz, o porco continua imundo/nojento/repugnante. A joia não altera sua natureza, não diminui a propensão do porco à imundície e podridão – resumindo: ele continua um porco. A joia não o torna atraente.
Olhando a cena, o que vai acontecer é que se alguém olhar o porco, sabendo que ali há uma jóia tão preciosa, a pessoa dirá: “Rapaz, que pena que algo tão bonito seja desperdiçado em um animal tão imundo” Entendam isso.
Agora que está posto a imagem da 1º linha, devemos observar a imagem e perguntar: “como essa imagem se parece com o que é dito na 2ª linha?” – que diz: “Assim é a mulher formosa que não tem discrição.”
Temos algo completamente diferente de um porco – uma mulher formosa. Quero abrir um parênteses para explicar que não se nega aqui que a beleza seja uma qualidade amável e desejável, porque a beleza aqui está sendo comparada à joia de ouro, coisa de valor. Para entender isso, devemos voltar para a imagem do porco. O problema não é a joia de ouro, mas a repugnância e imundície do porco. Assim também aqui, o problema não é a beleza da mulher, mas o tipo de pessoa que ela é.
Ela é descrita como uma mulher que não tem discrição (letra I), e a palavra usada aqui é utilizada para referir-se à provar alguma coisa/perceber com o sentido do paladar. Esse tipo de discrição aqui, ao pé da letra, acontece quando você toma um café e será capaz de julgar se está com muito ou pouco açúcar, o seu paladar julga se é doce ou amargo. Mas o sentido aqui de provar para julgar/dizer qual é o gosto, tem um sentido metafórico, não está falando de provar café ou comida, mas de outro tipo de qualidade de julgamento – nas questões morais. Então, falta a essa mulher discrição – capacidade/sensatez/sabedoria para fazer alguns julgamentos.
Mas há uma outra coisa que não fica evidente em nossa tradução para o português, porque o texto simplesmente diz: “assim é a mulher formosa que não tem discrição – NÃO TEM”, porém no hebraico temos um verbo no lugar desse “não tem“; esse verbo significa afastar-se, desviar-se de um determinado curso.
Isso quer dizer que essa mulher abandonou essa sensatez/essa qualidade para julgar. Então, é possível que ela fosse uma mulher que tivesse/cultivasse essa qualidade, mas ela abandonou/apostatou esse juízo/sensatez de julgar as coisas morais de forma correta – em outras palavras, ela se afastou de um padrão. Qual padrão? Aquele dado por Deus. Significa que ela rejeitou a sabedoria divina de tal modo que ela é comparada aqui à um animal imundo; não porque ela é mulher/bela, mas porque como pessoa abandonou o juízo/sensatez. Qualquer pessoa, pode ser homem ou mulher, que abandona a sensatez/o que Deus ordenou, coloca-se numa posição como de um animal repugnante/imundo/desprezível.
Em outras palavras, essa mulher abandonou o padrão bíblico, desprezou a sabedoria divina, tornou-se incapaz de fazer julgamentos. O que ela é então? O livro de provérbios daria a seguinte resposta: ela é tola, não sabe o que é bom ou ruim, não sabe a diferença entre as coisas que realmente tem valor e as inúteis.
Ela é tola, tem uma mente vazia, mas veja: ela é bonita. E essa beleza está ali, mas o que está por trás é a incapacidade de julgar as coisas corretamente (tolice), e isso se revela naquilo que ela deseja, no que pensa sobre casamento, criação de filhos, dinheiro, trabalho, sucesso, reconhecimento (se revela nas suas conversas), na sua forma de se vestir, nas páginas e pessoas que ela curte e acompanha nas redes sociais, publicações de fotos e vídeos.
Há uma tolice ali. Se afastou da Palavra de Deus, e assim como Eva aceitou e deseja as mentiras da serpente. Vive num mundo de mentiras. Onde o que ela possui (a única riqueza – beleza) se torna para ela algo de grande valor.
Então, nesse mundo de mentiras que ela pensa, predomina aquilo que a Escritura chama de concupiscência dos olhos. Está presente lá no Éden/quando Jesus foi tentado/João nos adverte que isso é uma coisa que há no mundo. O prazer e o desejo/cobiça atiçado por alguma coisa que provoca em nós o desejo de ver mais. Vamos pensar então nessa mulher de provérbios trazendo para os nossos dias.
Se ela for solteira, se chegarmos até o seu instagram, um rapaz pode entrar no IG e simplesmente ficar encantado com sua beleza. “Meu amigo, ela é formosa!” Mas se ele se aproxima/convive/conversa/se acompanha o que faz em casa com os pais; se ele tiver o mínimo de juízo e sabedoria, ele vai perceber em algum momento um problema: a beleza dessa moça não combina com quem ela realmente é. E essa desarmonia é tão ridícula quanto uma joia de ouro no focinho de um porco.
E quanto a isso então, devemos perceber uma armadilha: Quando um homem ou mulher deixa que sua mente seja moldada por padrões mundanos relacionados à beleza e felicidade, desejando e imitando o padrão de vida e beleza (apresentado nas redes sociais, por exemplo), a pessoa terá de se afastar da sabedoria de Deus e abraçar a sabedoria mundana. Ela se desviará e perderá a capacidade de julgar retamente. Quando isso acontece, algumas evidências aparecem.
Se a pessoa for casada, os conselhos do cônjuge não parecerão ser muito adequados à nossa época. Se ela for solteira, ela pode pensar: “Rapaz, meu pai e mãe estão com uma ideia ridícula, totalmente fora de moda.” Ao seguir o padrão do mundo, provavelmente a pessoa irá obter o que muitos jovens de nossos dias estão querendo, amando e desejando: curtidas e comentários.
O que as pessoas estão vendo? A foto, o vídeo, a aparência, algo que provavelmente está baseado na qualidade do celular, nos filtros empregados, no recorte da fotografia (canto limpo, não o canto sujo). Mas essa beleza sem sabedoria e temor, quando essa mesma pessoa despreza a Palavra de Deus, é a beleza mais feia que há. Sobre falsas amizades Agostinho disse: “Ó amizade tão inimiga!” Podemos dizer: é a beleza mais feia que há. É apenas uma casca brilhante contendo um fruto apodrecido, uma joia no focinho de um porco.
Agora, na contramão do mundo, a sabedoria de Deus nos convida a valorizar não meramente a aparência de uma pessoa, mas a graça interior. Devemos deixar que Deus nos diga o que realmente é belo, pois Ele é de fato a origem de toda verdadeira beleza. Se estudamos esse tema nas Escrituras, veremos que não é uma questão de aparência (exemplo: quando Davi foi escolhido – “Porém o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei; porque o Senhor não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o Senhor, o coração. – 1 Samuel 16:7). A beleza verdadeira está relacionada com questões do coração.
Então, num mundo que valoriza a aparência, nós devemos nos lembrar do que o Espírito Santo diz em Pv 31:30: “Enganosa é a graça e vã(inútil) a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor essa será louvada“. Eis o que importa: temer, confiar em Deus e viver conforme a Sua vontade.
Que a beleza valorizada por Deus começa internamente se evidencia em várias passagens, mas quero chamar sua atenção para duas delas.
1 Timóteo 2:9-10 (ler o texto) Se perguntamos como é a beleza de uma mulher piedosa, a resposta é que a beleza não está amarrada à elementos externos, mas através de boas obras.
1 Pedro 3:3-6 (ler o texto) Deus nos ensina qual é a verdadeira beleza.
Mas há uma outra maneira em que isso é ensinado. Isso fica muito evidente quando olhamos para a Pessoa do Senhor Jesus Cristo. E, de fato, nem sequer podemos entender o que significa beleza, se não olharmos para Ele. Deve nos vir à mente as palavras de Isaías 53:2-3 (ler o texto). É verdade, é isso mesmo. Contudo, lendo as Escrituras, você ousaria dizer que houve um homem mais belo que Cristo? (cujo coração é inteiro e puro diante de Deus) Houve? Para o mundo, Ele não parece belo, mas para a Sua igreja Ele é lindo, porque pode dizer as palavras da noiva nos salmos 45:2: “Tu é o mais formoso dos filhos dos homens; nos teus lábios se extravasou a graça; por isso, Deus te abençoou para sempre.” São palavras para o Messias.
Para o mundo, não há beleza ou formosura em Cristo. Em Jó 28:13 é dito que o homem não conhece o valor da sabedoria. O Senhor Jesus foi crucificado em plena luz do dia e ninguém se levantou para socorrer e exaltar o Salvador, o mundo o rejeitou, apenas escarnecia, cuspia e “Os que iam passando blasfemavam dele, meneando a cabeça e dizendo: Ó tu que destróis o santuário e em três dias o reedificas! Salva-te a ti mesmo, se és Filho de Deus, e desce da cruz! De igual modo, os principais sacerdotes, com os escribas e anciãos, escarnecendo, diziam: Salvou os outros, a si mesmo não pode salvar-se. É rei de Israel! Desça da cruz, e creremos nele. Confiou em Deus; pois venha livrá-lo agora, se, de fato, lhe quer bem; porque disse: Sou Filho de Deus. E os mesmos impropérios lhe diziam também os ladrões que haviam sido crucificados com ele. – Mateus 27:39-44)
Por outro lado, quando falamos de Sua glória, a igreja diz: “Tu é o mais formoso dos filhos dos homens“. Em outras palavras, podemos dizer: “Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si… Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos…Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si.” – Isaías 53:1-6,11
Então, entenda bem, estar unido a Cristo, viver o padrão de beleza de Cristo, coloca você fora do padrão de beleza admirado pelo mundo. Coloca você sob uma luz que o mundo odeia, mas que é agradável à Deus. Se fossemos definir no que consiste a verdadeira beleza, a forma mais sucinta de dizer seria: “A verdadeira beleza consiste em se parecer com Cristo/consiste em estar vestido da Sua justiça e santidade“. De modo que Deus, ao olhar para nós, não nos vê mais como imundos, mas como belos e puros.
Meus queridos irmãos, quando o mundo está valorizando a mera aparência e beleza de uma perspectiva meramente externa, somos chamados a tomar sobre nós a vergonha da cruz e escolher valorizar uma beleza diferente.
Portanto, devem surgir logo algumas perguntas: “O que nós pensamos sobre beleza vêm de Deus ou do mundo? O que nós pensamos sobre beleza é porque estamos influenciados pelas redes sociais e só conseguimos pensar sob a ótica da aparência ou há algum fundamento na Palavra de Deus?”
Há algumas perguntas que você pode fazer a si mesmo para examinar o seu coração, ver se o que te motiva é a mera valorização da aparência:
Responda para si mesmo, responda mesmo, não é uma mera retórica, pense nisso, não é brincadeira.
1) Quando você publica fotos nas redes sociais (e em si mesmo, não há nada de errado, não é proibido publicar foto), por que faz isso? O que você espera? Publica porque deseja compartilhar algo ou deseja receber elogios?
Há pessoas hoje em dia que quando se sentem tristes, elas tem um remédio; o consolo não é Cristo, mas colocar uma foto nova, é como se você renascesse. Novas pessoas vão dizer: “lindo, maravilhoso, que gracinha! Tenho forças para mais uma semana, o mundo me ama“.
2) Quando você deseja entrar numa academia (para deixar claro, não é um pecado em si entrar na academia), qual a razão que eu estou fazendo isso? Por uma questão de saúde, preparo físico? Ótimo. Ou você quer entrar numa academia porque “eu quero alcançar um padrão de beleza que é comum em minha cultura?” Quero cuidar de mim para que todos me vejam e me desejem. O rapaz pode olhar no espelho e ver uma barriga lisa, sem músculo nenhum, e ele pensa: “Rapaz, não posso nem tirar uma foto sem camiseta e postar que todo mundo vai rir de mim. Então, vou entrar numa academia, ficar musculoso e vou postar o antes e o depois; e todos irão se admirar em como sou tão forte e bonito” Isso é um desejo mundano, voz da serpente. E o problema não é a academia ou exercício físico, mas o nosso coração que é mal. Então, muitas moças entram na academia, e de repente estão fazendo exercícios para aumentar certas partes do seu corpo porque esse é o padrão que o mundo almeja e busca.
3) Quando você vai numa loja comprar roupas, o que motiva sua compra/qual o critério? Você pensa: “quero me vestir com modéstia e decência tal como o Espírito Santo ensina” ou você diz “o que é que vai valorizar o meu corpo, colocar em evidência?” Talvez a vendedora da loja diga: “menina, a sua cintura é linda, você precisa realçá-la” para outra ela diz: “suas coxas são lindas, devem ficar mais à vista“. Critérios mundanos para dizer como devemos nos vestir.
4) Quem são as pessoas que você segue/admira? Porque estou pressupondo que, nas redes sociais, quando você está seguindo certas pessoas é porque elas te causam alguma admiração. Você segue essas pessoas porque são belas ou porque possuem um caráter semelhante à Cristo? É a mera aparência ou a verdadeira beleza em Cristo? Rapazes e até moças, na hora que vão escolher alguém e pensar na futura esposa/marido, o que mais te preocupa: o quanto ela será bonita ou quanto vai se parecer com Cristo?
5) No que mais você investe tempo e recursos: na sua aparência ou na correção do seu caráter? Quanto tempo/dinheiro você gasta em tratamentos estéticos ou academia ou estudos sobre como ficar/ser assim ou assado? Quanto tempo você dedica debaixo da leitura da Palavra e oração?
6) Com quem você se deseja parecer? “Eu desejo parecer com o Neymar/cantor fulano de tal/Anitta” e cada um vai esboçando os seus desejos. “Eu desejo parecer com alguém que é admirado por milhares!” Você deseja parecer com os artistas/famosos ou você olha para a Bíblia, chora e diz: “Senhor, eu quero me parecer com Cristo! Eu quero ser como Cristo! Quero amar como Cristo. Servir como Cristo. Estar com o teu povo como Cristo. Ter a beleza de Cristo!”
Eu sei que muitos rapazes e moças, quando publicam suas fotos no IG receberão bons comentários, e uma pessoa pode passar a vida quase toda fazendo isso até a beleza sumir, mas tenha cuidado para que você não esteja apenas lustrando a joia de ouro em focinho de porco.
Quem realmente você é? Pense no seguinte: Você talvez já ouviu centenas de vezes que você é bonito(a)/forte/inteligente, mas a minha pergunta é se alguém já te disse que você se parece com Cristo. Alguém já disse a você: “senhorita/senhora você é uma mulher virtuosa!” Aí está o valor, quem achará? Moças bonitas você encontrará milhares e milhares, mas mulheres virtuosas são poucas. Quem encontrará?
Homem, você prefere ouvir, que é bonito ou que se parece com Cristo? Homem de valor, rapaz exemplar em Cristo?
Eis a beleza que devemos desejar e valorizar, beleza que não vai murchar com o tempo, que não será escurecida pelas rugas e defeitos da idade, beleza que permanecerá mesmo quando seu corpo se desfizer no pó da terra, a beleza que dura para a eternidade, a beleza que ninguém pode roubar, a beleza de ser mais parecido com Cristo.
Portanto irmãos, joguemos fora as mentiras da serpente de que “a aparência é o mais importante, a beleza é que engrandece a alma”, e abracemos a sabedoria de Deus sobre o que realmente significa ser belo e bela. A verdadeira beleza consiste em se parecer com Cristo/consiste em estar vestido da Sua justiça e santidade. De modo que Deus, ao olhar para nós, não nos vê mais como imundos, mas como belos e puros, por causa da pureza e justiça de nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.