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Salmo 123

Sermão preparado pelo VDM Elton Silva

Leitura: Neemias 2.11-20; 4.1-5

Texto: Salmo 123

Amados irmãos no Senhor Jesus Cristo,

Hoje ouviremos a pregação no Salmo 123, um dos conhecidos “salmos de romagem”, ou “cânticos de subida”, “cântico dos degraus”. Esses Cânticos são uma coleção, uma coletânea, de quinze salmos (120 a 134). Foram reunidos e agrupados para fornecer um “hinário” para os grupos de viajantes que se dirigiam anualmente à Sião/Jerusalém para adorar nas três grandes festas ordenadas pelo Senhor (Páscoa, Tabernáculo, e Pentecostes, cf. Êx 23.14-19) – por isso recebem esse nome.

Eles não foram escritos em um mesmo período de tempo, nem para esse fim. Mas foram organizados/agrupados e usados pela Igreja do AT desse modo. Logo, cada salmo desta coleção tem sua própria ocasião de composição, seu próprio contexto antes de serem assim reunidos. Alguns deles remontam ao tempo de Davi, outro, ao tempo do exílio e/ou pós-exílio; uns têm autores identificados, outros não. Alguns outros não têm nenhuma dessas informações (e, consequentemente, fica mais difícil definir o contexto), mas, embora não tenham contexto definido, fornecem detalhes que tornam possível uma definição apropriada.

Bem, nosso salmo é um desses – sem autoria explícita ou definição exata de tempo de composição –, mas com elementos apontados que nos deixam abraçar um período de tempo bíblico para sua composição e/ou aplica-lo perfeitamente a ela. Então vamos ao nosso salmo, e daí, pensar em sua aplicação como cântico de romagem. Ele tem uma mensagem clara e facilmente aplicada à experiência do povo do Senhor de todos os tempos, inclusive a nós. Ouçamos a Palavra do Senhor por meio desse cântico/oração.

O tema que o resume é: “A IGREJA ORA SINCERA E ESPERANÇOSAMENTE POR AUXÍLIO DIVINO ANTE O DESPREZO DOS INIMIGOS”.

Meus irmãos,

O salmo 123 é uma oração, uma queixa em forma de canto. É um clamor a Deus por misericórdia. O v.3 resume bem isso quando, enfaticamente, expressa o rogo da igreja por misericórdia: “Tem misericórdia de nós, Senhor, tem misericórdia…”. Percebemos disso que o salmista, que fala em nome da igreja (pois a necessidade é comum –, note o “nós”) se encontra em uma profunda necessidade, e, é dessa necessidade que vem esse grito por socorro.

Mas que necessidade era essa? Porque o salmista está rogando tão ardentemente o auxílio divino? Vamos observar isso primeiro, antes de atentarmos para a sua petição propriamente dita -(aqui temos as razões para a oração)-. Ele nos diz a resposta na parte final do v.3 e no v.4: “pois, estamos sobremodo fartos de desprezo. A nossa alma está saturada do escárnio dos que estão à sua vontade e do desprezo dos soberbos”. Eis a razão para o seu clamor… “desprezo/opróbrio”, “escárnio/zombaria”. A igreja estava sendo humilhada e pisoteada. Ele fala de homens que “estão à sua vontade”, pessoas que se sentem seguras, despreocupadas, homens ricos e soberbos que tratavam o povo de Deus como desprezível, ridicularizando-o, esboçando um insolente triunfo sobre eles. E veja que não se tratava de uma ação isolada, mas de algo que perdurava por longo tempo. Eles já estavam “sobremodo fartos”, diz o texto no v.3, e no v. 4, que suas almas estavam saturadas – no hebraico é a mesma palavra para essas duas expressões, ele repete duas vezes: estamos “suficientemente/abundantemente fartos”. Essa ênfase no original denota que eles já estavam ‘excessivamente cheios’, que já tinham suportado tudo o que era possível aguentar, eles já tinham sido zombados o suficiente, sido desprezados até onde podiam suportar; ou, como diz Calvino, eles já se encontravam “reduzidos ao grau máximo de miséria”.

Ser desprezado, motivo de chacota, zombado… só quem já enfrentou isso sabe como dói, incomoda e perturba a mente/alma; machuca e fere como um ferro cortante. Penetra mais profundamente no espírito do qualquer outra forma de rejeição. Isso porque é algo injusto, imerecido e irracional. E, no caso deles, ainda pior, pois, eles eram ou estavam sendo desprezados e escarnecidos como povo de Deus, como igreja (não era algo individual).

E isso nos leva a pensar em situações/ocasiões em que o povo de Deus enfrentou oposição feroz, inclusive em tons de zombaria e escárnio. Não é preciso dizer que várias vezes eles estiveram sujeitos a isso. Mas, é fato, que esse tipo de oposição e desprezo foi bem mais acentuado no período do exílio e após o exílio. Lógico que durante o exílio isso foi uma constante, afinal, tripudiar de uma nação vencida e de “seus deuses”, era comum numa conquista. Jeremias, descrevendo em lamentos, aponta como umas das consequências notáveis do exílio, a afronta/zombaria. Ele diz: “Dê a face ao que o fere; farte-se de afronta” (Lamentações 3.30). É o tipo de escárnio que se expressa no Salmo 137, que descreve em tons de zombaria o pedido dos inimigos e opressores dos judeus exilados/cativos para que entoassem canções alegres. Jerusalém era conhecida como a “cidade do Grande Rei” e “a alegria de toda terra”, então eles zombando diziam: “Entoai-nos algum dos cânticos de Sião” (Sl 137.3). Foi por isso que eles escreveram aquele lamento: “Às margens dos rios da Babilônia, nós nos assentávamos e chorávamos, lembrando-nos de Sião. Nos salgueiros que lá havia, pendurávamos as nossas harpas, pois aqueles que nos levaram cativos nos pediam canções, e os nossos opressores, que fôssemos alegres, dizendo: Entoai-nos algum dos cânticos de Sião” (v.1-3). Dá pra sentir nesse lamento o escarnio e a dor cortante que esta zombaria gerou naqueles humilhados cativos! – Sim, esse pode ser também o contexto do salmo 123.

Mas outra ocasião igualmente significativa é a que lemos ainda pouco no livro de Neemias – inclusive os estudiosos acreditam ser ela o contexto para a composição deste salmo –. Na verdade, como o salmo é um cântico da igreja, pode ser a somatória, o acúmulo do desprezo experimentado por anos/décadas. Sim, pois desde seu cativeiro eles foram objeto de desprezo e zombaria, como vimos do versículo citado em Lamentações e no salmo 137. Mas também temos o registro de desprezo em Neemias. Bem no início do trabalho de Neemias, quando ele convocou o povo para reedificar os muros da cidade, temos o registro de oposição e desprezo deferido contra ele.  O texto nos narra no cap.2, v.19 que Sambalate, de Samaria, Tobias, de Amon, e Gesém, líder de uma liga de tribos árabes, todos vizinhos de Judá, quando souberam dos intentos de Neemias, zombaram deles e os desprezaram – a mesma palavra do v.3 do nosso Salmo: é tratar com desdém, como algo insignificante. Então vejam… eles estão praticamente cercados por inimigos que zombam dele, são menosprezados, e ainda ameaçados, pois a frase que eles disseram: “Que é isso que fazeis? Quereis rebelar-vos contra o rei?”, carregada uma acusação que poderia ser forjada e que serviria para trazer uma resolução, quem sabe até, uma ataque do rei contra eles.

Mas isso não é tudo, no capitulo 4 de Neemias, que também lemos, temos mais registro de oposição, ódio e desprezo. Acompanhe/Ouça: “Tendo Sambalate ouvido que edificávamos o muro, ardeu em ira, e se indignou muito, e escarneceu dos judeus. Então, falou na presença de seus irmãos e do exército de Samaria e disse: Que fazem estes fracos judeus? Permitir-se-lhes-á isso? Sacrificarão? Darão cabo da obra num só dia? Renascerão, acaso, dos montões de pó as pedras que foram queimadas? Estava com ele Tobias, o amonita, e disse: Ainda que edifiquem, vindo uma raposa, derribará o seu muro de pedra”. – (quase podemos ouvir o gargalhar deles aqui). É um ataque em palavras, na forma de ridicularização. É como se eles dissessem: ‘esses fanáticos farão o muro subir com seus rituais/oração? É a única esperança deles! Eles têm alguma ideia daquilo que estão empreendendo?’ Veja ainda o desprezo/desdém na frase: ‘Renascerão, acaso, dos montões de pó as pedras que foram queimadas?’. E, para finalizar, eles ouvem a sarcástica frase de Tobias, dizendo que até uma raposa destruiria o muro, dada a fraqueza da obra… E essas palavras doeram, produziram indignação. E doeram e indignaram não simplesmente por que menosprezava o empenho de seu “governador” Neemias, mas, por que era um menosprezo à obra de Deus. Era a obra de Deus que estava sendo insultada.

E qual a razão para esse ódio contra o povo de Deus, contra a igreja? Porque é isso que essas ações de desprezo e escárnio revelam, ódio! Por quê? Para entender isso precisamos pensar na Queda de nossos primeiros pais, pois foi ali que todo ódio começou. Vocês lembram que como consequência da Queda Deus estabeleceu uma inimizade entre a semente da serpente e a semente da mulher? (Gn 3.15). Bem, em última instância, esse ódio vem daí. Desde aquele tempo a humanidade está divida em dois grupos, nestas duas sementes. E toda manifestação de ódio contra Israel sempre foi o resultado ou emanou dessa antítese estabelecida pelo Senhor. Foi o dragão tentando impedir o avanço do reino e a vinda daquele que esmagaria sua cabeça. Foi esse ódio que governou cada investida para destruir a igreja desde os seus primórdios no AT. E ele se manifestou plenamente contra Cristo – o descendente da mulher. Ele enfrentou o ódio do mundo em sua vida e em sua morte. Em sua vida ele disse: “odiaram-me sem causa…” (Jo 15.25), e em sua morte na cruz, ele foi desprezado e escarnecido com um peso tal que nenhum de nós poderá sentir; a cruz é a expressão do ódio do mundo contra aquele que veio para extirpar suas trevas. Sim, Cristo aceitou o ódio e o desprezo do mundo e o tornou parte de sua redenção.

Mas, a cruz não foi o fim. Foi o começo de uma grande obra do Cristo odiado, desprezado e escarnecido (Is 53), por meio de Sua igreja. Por isso o mundo odeia a igreja… como odiou Israel (a igreja do AT) odeia a igreja do NT, a despreza, e a trata como lixo e escória (I Cor 4.13). É por isso que você que faz parte da igreja enfrenta desdém, hostilidade, oposição, zombaria, críticas, etc., simplesmente por expor princípios bíblicos e de moralidade cristã (na escola trabalho, universidade, e até entre familiares). É por isso que existem políticas e filosofias que tentam criar um mundo sem o Cristo bíblico… O ódio e desprezo por Cristo/sua igreja continuam ativos… Pensemos em algumas coisas práticas: você já notou como a posição cristã em qualquer assunto referente à ética está sendo rotulado de ódio? Um conhecido pastor americano escreveu: “falar contra o pecado é ódio; desafiar aqueles que permanecem obstinadamente no pecado é chamado de ódio; apoiar a vida é odiar as mulheres; e apoiar o casamento é odiar os homossexuais. O problema que cerca a homossexualidade é especialmente perturbador porque o debate se enquadra cada vez mais em categorias como tolerância versus intolerância, esclarecimento versus ignorância, e – é claro – amor versus ódio” (J.S.Y.). Você consegue se ver “classificado” assim?… é a manifestação da antítese. Somos odiados, como nosso mestre foi. E não poderia ser diferente, pois se assim fizeram ao Amado Filho de Deus, aquele com quem nos identificamos, farão conosco que carregamos sem emblema.

Voltando ao nosso texto: Foi por causa deste desprezo e zombaria, desde ódio enrustido, que o nosso salmista clama com a igreja… Eles estão fartos disso. Eles têm passado uma longa e contínua opressão que saturava seu coração de tristeza e indignação. Como falei ainda pouco, a expressão aponta para um ‘não dá mais/não suportamos mais’. “os inimigos pensaram que nunca poderiam zombar deles o suficiente, nem dizer o suficiente para torna-los desprezíveis…” (M.H.). Mas agora chegou o seu limite, eles não aguentam mais…

E o que eles fazem? Eles não partem para uma vingança pessoal. Eles não entregam os pontos ou jogam a toalha. Eles são se voltam contra Deus com murmúrio ou ficam se maldizendo, reclamando de sua “sorte”. Não. Eles se voltam para Deus como a fonte segura de socorro… e eles oram, eles clamam! – e aqui chegamos ao conteúdo da oração. O salmista, como um membro da igreja, ora/clama: “A ti, que habitas nos céus, elevo os olhos! Como os olhos dos servos estão fitos nas mãos dos seus senhores, e os olhos da serva, na mão de sua senhora, assim os nossos olhos estão fitos no SENHOR, nosso Deus, até que se compadeça de nós. Tem misericórdia de nós, SENHOR, tem misericórdia” (v.1-3a).

De sua tribulação o salmista levanta seus olhos aos céus e ora cheio de esperança. Em sua fé ele espera por socorro vindo daquele que “habitas nos céus”; é de lá que ele espera por auxílio, porque é lá que Deus tem seu trono estabelecido – inclusive, a frase “que habitas nos céus” é mais bem traduzida por “que está entronizado nos céus”, ressaltando seu caráter de Rei Celestial, exaltado sobre todo o mundo visível e invisível, e é seu Soberano. Dirigir-se a Deus assim é uma confissão, um reconhecimento de que todo o poder pertence a Ele; E por ser um Rei Celestial, Ele contempla todas as tribulações de Seu povo (desprezos, escárnios, manifestações de ódio). E mais, que Ele é poderoso para livra-los. É desse Deus que o salmista espera por auxílio; um Deus ilimitado, Onipotente, Insondável em sabedoria, e inimaginável em bondade, de infinitas misericórdias.

É a esse que tem seu trono nos céus que o salmista apela. Ele não pode contemplar Sua glória com seus olhos naturais, mas olha com os olhos da alma, olhos da fé; olhos que podem vê-Lo à luz de Sua revelação, de Sua manifestação na história do Seu povo, de Seus livramentos e salvação realizada. Esse fato é destacado pela revelação do nome pactual que ele usa: YaHWeH (SENHOR), v.2-3a. Por esse “nome” Deus se deu a conhecer ao Seu povo. Apelar por seu auxílio usado ele, é como dizer: ‘SENHOR, lembra-te de tua aliança, de tuas promessas aos que se voltam para ti. Compadece-Te de nós!’

E Ele ilustra o tipo de olhar esperançoso com que ele e o povo/a igreja estão olhando para Deus. Ele usa a analogia dos servos que olhavam para as mãos de seus mestres/senhores em busca de apoio, direção e proteção: “Como os olhos dos servos estão fitos nas mãos dos seus senhores, e os olhos da serva, na mão de sua senhora, assim os nossos olhos estão fitos no SENHOR” (v.2a). Sabemos pouco sobre como eram os servos na época do salmista, mas, sabemos que eles não tinham muitos direitos, não tinham meios de se defender; eram vítimas de mais variados tipos de abusos, e o seu único recurso era buscar a proteção dos seus senhores; sua segurança dependia totalmente deles. Essa é afigura deste versículo. “O salmista está olhando para Deus como um servo desamparado olha para seu senhor”, dependendo d’Ele para sua segurança e proteção. É isso que ele expressa com a igreja, quando diz: “assim os nossos olhos estão fitos no SENHOR, nosso Deus, até que se compadeça de nós”.

Então temos o versículo que é o centro/clímax deste Salmo: “Tem misericórdia de nós, SENHOR, tem misericórdia”… ‘não aguentamos mais, estamos fartos’! O salmista espera que Deus tenha misericórdia e o socorra em seu apuro. Ele espera que Deus socorra seu povo desprezado, humilhado, pisoteado, que sofre afrontas e zombarias; que ele se compadeça deles e livre-os. – e aqui chamo sua atenção para outro ponto interessante: a frase “se compadeça de nós” do v.2, no original, é a mesma para “tem misericórdia de nós”, no v.3. Ou seja, por três vezes ele clama por misericórdia! É uma ênfase bem marcante! E isso significa que ele (o salmista e, com ele o povo) está “desesperadamente” clamando por auxílio/misericórdia a Deus – para que Deus se compadeça deles e os auxilie. Seus olhos estão voltados para Deus com confiança nesse atributo/aspecto que é tão distinto n’Ele – como Ele se revelou na criação e história do povo).

Agora, esse é um “cântico de romagem”. Um cântico usado quando o povo subia a Sião/ Jerusalém para adorar. Imagine os dias difíceis de oposição que sucederam ao exílio; imagine uma nação em ruína; cerca de inimigos, vivendo como vassalos de uma pagã – que acreditavam que seus “deuses” eram superiores ao de Israel (ao SENHOR)… foi num contexto mais ou menos assim que o povo teve que viver. Então, entoar esse cântico no contexto de desprezo e zombaria não era algo difícil. Na verdade, se encaixava muito bem. Ele expressava e expressa muito bem o que o povo do SENHOR enfrenta por parte dos inimigos do Reino em todos os tempos, e também direciona a igreja em como reagir.

E essa é a realidade ainda hoje. O povo do SENHOR ainda enfrenta esse ódio do mundo. Eles odeiam nosso SENHOR, e, porque nos identificamos com ele, nos odeiam. Enfrentamos oposição aberta; alguns zombam por nosso desejo de servir a Cristo com fidelidade; outros, por queremos ver Cristo anunciado, e aí ousamos falar dele para as pessoas – nos ridicularizam; somos alcunhados de “fanáticos”; ainda outros nos colocam como “intolerantes”; proclamadores de “discursos de ódio”, etc. Mas, hoje aprendemos com este Salmo, e com a experiência de nossos irmãos do passado, que o caminho a seguir não é dando lugar a amargura, ao desejo de vingança ou a qualquer outro sentimento que afeta nossa vida e comunhão com Deus, mas a nos voltarmos para Deus em oração, a buscarmos sua face misericordiosa em Cristo, olhando para Sua mão paternal com confiança, sabendo que em Sua providência Ele cuidará de nós em nossa jornada à Sião Celestial – (relacionar com a jornada dos israelitas à Sião terrena). Lembremos que nosso SENHOR já sofreu o nosso opróbrio! Que “ser considerados lixo do mundo e escória de todos” (1Cor 4.13), é uma identificação com Ele. Ele já dizia: “odiados sereis de todos por minha causa…”; se chamaram a Belzebu e diziam que Ele tinha demônios, o que esperar. Mas ele também disse: “Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós” (Mateus 5.10-12). Diante de tudo isso, olhemos para o Senhor! Confiemos em Sua bondade, e descansemos em Sua justiça. Ergamos, ante a oposição, os olhos para Aquele que se acha assentado no Trono e clamemos com confiança/fé: “compadece-Te de nós, SENHOR, compadece-Te de nós”. Amém.